quinta-feira, 2 de junho de 2011

Unificar as lutas contra o mini-ditador Gilberto Kassab

Neste momento, estão em luta diversas categorias e setores da população: estudantes, servidores municipais, motoristas e cobradores de ônibus etc


Desde que assumiu a prefeitura em 2006, Kassab vem transformando a cidade de São Paulo em um laboratório para os planos da direita brasileira. A capital paulista foi a primeira cidade a receber uma série de medidas de caráter ditatorial como, por exemplo, a Lei Cidade Limpa. Com o pretexto de combate a “poluição visual” se estabeleceu uma lei que proíbe, entre outras coisas, a distribuição de panfletos.
Depois de quase cinco anos de ataques às condições de vida da população e medidas ditatoriais, Kassab está tendo que enfrentar uma série de mobilizações.
Nos últimos meses, o número de trabalhadores que entraram em luta contra a prefeitura de São Paulo cresceu exponencialmente. No último dia 25 de maio, os servidores públicos municipais realizaram uma paralisação e fizeram um ato que reuniu mais de cinco mil pessoas em frente à prefeitura. A categoria, que conta com mais de 210 mil trabalhadores (ativa e aposentados) tem nova paralisação marcada para o dia 7 de junho. A luta dos servidores municipais dirige-se contra o reajuste de 0,01% concedido pela prefeitura. Nos últimos dez anos, segundo o DIEESE, a perda salarial destes trabalhadores chegou a quase 40%. 
Ainda no dia 25, houve uma manifestação de mais de dois mil moradores de rua. A passeata foi convocada pela Associação dos Moradores de Rua de São Paulo e protestava contra a “limpeza social” de Kassab, algo que vem levado ao fortalecimento dos grupos de extermínio e, conseqüentemente, ao aumento da violência e o assassinato dos moradores de rua.
Outra categoria importante, os motoristas e cobradores de ônibus também entraram em luta recentemente. Na última semana, os funcionários de empresas de ônibus da Zona Norte entraram em greve e outra paralisação pode ser realizada nos próximos dias.
Entre a juventude, a principal mobilização é contra o aumento da passagem. Desde o início do ano já foram realizados pelo menos 18 atos contra o aumento de R$ 2,30 para R$ 3,00 na tarifa do transporte público. 
Além destas lutas, existem dezenas de manifestações de menor envergadura.
Todas estas manifestações refletem uma mudança na situação política. A tendência é que estas lutas ganhem mais força e se unifiquem.
Neste sentido, o que estamos presenciando em São Paulo não é apenas uma mobilização contra o mini-ditador Gilberto Kassab. A luta contra a prefeitura é parte de uma ampla mobilização que tende a colocar toda a classe operária em movimento contra o regime político.
O fato de São Paulo ter a maior concentração operária do país e ser administrada pela direita coloca a cidade como um dos locais onde a crise está mais acentuada.
Nesse sentido, a principal tarefa nesse momento é unificar todas estas lutas que até agora estão dispersas. A maneira de dar a elas um caráter unitário é transformá-las de lutas parciais, ou seja, por reivindicações específicas, em uma luta política. Uma luta voltada diretamente contra o governo.
A luta pelo “Fora Kassab”, ou seja, a unificação de todos os setores explorados e atacados pelo mini-ditador, é a forma de unir todos estes movimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário